O ano de 2006 foi o mais "sangrento" da história do jornalismo, com o assassinato de 155 repórteres em todo o mundo, 37 deles na América Latina, informou hoje a Federação Internacional de Jornalistas (IFJ).
Só no Iraque foram assassinados 69 jornalistas no ano passado, o que explica o número recorde de repórteres mortos, revela o relatório anual da IFJ.
O documento destaca também que 22 jornalistas morreram em 2006 em acidentes ocorridos durante o exercício de sua profissão, dez deles na América Latina.
No relatório, a IFJ acusa "a maioria" das empresas de comunicação de não adotar medidas necessárias para reduzir os riscos ligados à profissão.
Essa responsabilidade é especialmente importante na América Latina "onde, todos os anos, morrem muitos profissionais dos meios de comunicação", afirmou a IFJ, que exigiu dos proprietários desses meios "ação, em vez de indiferença".
Além disso, o documento revela que o Oriente Médio liderou no ano passado a lista de regiões onde mais jornalistas morreram, com 73 repórteres assassinados.
"Quase todos eles eram iraquianos. Está claro que o Governo do Iraque e o Exército dos Estados Unidos devem fazer da segurança dos jornalistas uma de suas maiores prioridades ou, caso contrário, o país jamais terá uma verdadeira liberdade de expressão", disse o secretário-geral da IFJ, Aidan White.
Relatório completo: IFJ
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